A infância é uma fase de descobertas e explorações, mas também um período em que o corpo das crianças pode reagir de forma inesperada a diferentes substâncias, resultando em alergias. Essas reações ocorrem porque o sistema imunológico infantil ainda está em desenvolvimento, o que aumenta a propensão a hipersensibilidades.
A exposição a alérgenos pode desencadear diversos sintomas desconfortáveis, como espirros, coceiras, inchaço e até dificuldade para respirar. Além disso, a hereditariedade é um fator importante: se os pais têm alergias, as chances de os filhos apresentarem o mesmo problema são maiores.
Neste artigo, você conhecerá as 9 alergias mais comuns em crianças, ajudando a identificar sinais e saber quando é necessário consultar um pediatra. Confira!
1. Alergias Respiratórias
As alergias respiratórias estão entre as mais comuns em crianças e se manifestam principalmente como asma e rinite alérgica.
- Asma: caracteriza-se por crises de falta de ar e chiado no peito devido à inflamação dos brônquios pulmonares. Os sintomas se agravam na presença de alérgenos, como poeira e mofo.
- Rinite: é uma inflamação da mucosa nasal, que provoca espirros, coceira, coriza e olhos lacrimejantes.
Essas alergias podem ser desencadeadas por poeira, ácaros, fumaça, pelos de animais e até odores fortes. Manter o ambiente limpo e arejado e evitar o contato com alérgenos ajuda a reduzir os sintomas.
2. Alergias Alimentares
Alergias alimentares ocorrem quando o organismo reage negativamente a proteínas presentes em certos alimentos. Os alimentos mais comumente associados a reações alérgicas incluem leite de vaca, ovos, trigo, amendoim, peixe e soja.
Sintomas: vômitos, diarreia, erupções cutâneas e mal-estar geral, que podem ocorrer até duas horas após a ingestão do alimento.
É essencial que os pais estejam atentos aos ingredientes dos alimentos e consultem um especialista para confirmar o diagnóstico e receber orientação sobre a alimentação.
3. Alergias de Contato
As alergias de contato ocorrem quando a pele das crianças entra em contato com substâncias irritantes, resultando em dermatite alérgica.
Causas comuns: produtos de higiene pessoal (como sabonetes e xampus), tecidos sintéticos, produtos de limpeza e até certos tipos de plantas.
Sintomas: vermelhidão, coceira e descamação da pele. A exposição contínua pode causar lesões devido ao ato de coçar, sendo importante identificar e evitar o agente causador.
4. Alergia à Picada de Insetos
As picadas de insetos, como abelhas, formigas, pernilongos e marimbondos, podem causar alergias em crianças.
Sintomas: pele empolada, vermelhidão, inchaço e coceira intensa no local da picada. Em casos graves, podem ocorrer reações alérgicas sistêmicas, como dificuldade para respirar e inchaço na face e garganta.
É recomendável evitar áreas com muitos insetos e usar repelentes adequados para crianças.
5. Alergias Oculares
As alergias oculares afetam os olhos e as pálpebras, geralmente em indivíduos que já apresentam alergias respiratórias.
Causas: poeira, fumaça, produtos de beleza, substâncias químicas e pelos de animais.
Sintomas: olhos vermelhos, coceira, inchaço e lacrimejamento. Essas alergias causam grande desconforto, e evitar os alérgenos e lavar as mãos frequentemente pode ajudar na prevenção.
6. Alergia ao Pólen (Febre do Feno)
A alergia ao pólen, também conhecida como febre do feno ou rinite sazonal, é causada pela exposição ao pólen de flores e árvores. Essa alergia é comum na primavera e afeta o sistema respiratório e os olhos.
Sintomas: espirros, coriza, coceira no nariz e olhos lacrimejantes. Essa alergia é mais comum em regiões com muitas áreas verdes e em épocas de polinização intensa.
Para evitar os sintomas, recomenda-se manter as janelas fechadas e evitar passeios ao ar livre nos períodos de maior concentração de pólen.
7. Alergia a Ácaros
Os ácaros são pequenos organismos que se alimentam de poeira e restos de pele humana, proliferando-se especialmente em ambientes úmidos e em superfícies como colchões, almofadas e tapetes.
Sintomas: espirros, coriza, tosse e congestão nasal. Crianças que têm rinite ou asma podem sofrer mais intensamente com a exposição a ácaros.
Para minimizar a exposição, é importante manter o ambiente limpo, lavar roupas de cama frequentemente e optar por capas antiácaro em colchões e travesseiros.
8. Alergia ao Látex
A alergia ao látex é uma reação que ocorre devido ao contato com produtos que contêm látex, como balões, luvas de borracha e certos tipos de brinquedos.
Sintomas: coceira, vermelhidão, inchaço e, em casos mais graves, dificuldade para respirar. Esta alergia pode ser especialmente preocupante em ambientes hospitalares, onde o látex é amplamente utilizado.
Caso a criança seja alérgica ao látex, é fundamental informar profissionais de saúde e evitar produtos que contenham o material.
9. Dermatite Atópica (Eczema)
A dermatite atópica, ou eczema, é uma condição crônica que causa inflamação e coceira na pele. Embora não seja uma alergia direta, está associada a uma predisposição genética a reações alérgicas.
Sintomas: pele seca, irritada e com coceira, geralmente nas dobras dos cotovelos e joelhos. A dermatite atópica pode piorar com a exposição a alérgenos, como pólen, poeira e certos alimentos.
É recomendado usar hidratantes apropriados e evitar o contato com substâncias que possam agravar a irritação.
Considerações Finais
As alergias em crianças podem ser desafiadoras, mas é possível minimizar os sintomas e proporcionar mais conforto aos pequenos. Desde alergias respiratórias até alimentares e de contato, identificar as causas e adotar medidas preventivas são passos fundamentais.
Consultar um pediatra ou alergologista é essencial para obter o diagnóstico correto e garantir o melhor tratamento para cada tipo de alergia. Vacinas, medicamentos e cuidados com o ambiente são algumas das opções para ajudar a controlar os sintomas e permitir que as crianças aproveitem a infância de forma saudável e segura.